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quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Dependência Emocional





“Se você é capaz de ser feliz quando está sozinho, você aprendeu o segredo de ser feliz”. 
Osho.

Tão bom ter alguém com quem contar. Tão bom ter aquela pessoa pra contar seu dia, para perguntar com que roupa vai e perguntar tudo enfim!
Sim ter amigos, namorado, marido com quem contar é muito bom. Todos nós dependemos de afeto, desejamos carinho e atenção, porém há casos que a dependência de atenção, aprovação e afeto é tanta que pode se tornar uma doença.

Veja abaixo os critérios para identificar Transtorno de Dependência Emocional


1.    Dificuldade de tomar decisões corriqueiras, sem uma quantidade excessiva de conselhos e confirmação da parte de terceiros.
Exemplos: que tipo de roupa usar para ir a uma festa. Escolha de um prato no restaurante.
2.     Há permissão que outros (geralmente uma pessoa apenas) tomem iniciativas e assumam responsabilidade por áreas importantes da sua vida.
Exemplos: escolha de emprego. Como deve agir diante de determinadas situações. Se deve manter amizade ou não com determinada pessoa.
3.    Tem dificuldade em expressar discordância com outras pessoas, em especial com aquelas pessoas que mais dependem.
Por medo de não terem aprovação perder a atenção, cuidado e afeto das pessoas.
4.    Dificuldade de iniciar projetos ou realizar tarefas de maneira independente.
            Exemplo: sentir necessidade da companhia de alguém para ir ao médico.
Normalmente não se sente confiantes para realizar projetos, tem preferência que outros liderem ou iniciem o projeto.
5.    Oferece a tarefas desagradáveis a fim de ter o retorno afetivo que carecem.
Exemplo: toleram abusos físicos e verbais. Aguarda a pessoa mesmo que por muito tempo e sem justificativa adequada.

6.    Sentem-se desconfortáveis e desanimados quando estão sozinhos.
Não conseguem se sentir seguros sem uma companhia. Exemplo: buscam qualquer companhia mesmo que não lhe interesse para não se sentir sozinho. 
7.    Quando terminam um relacionamento significativo urgentemente iniciam outro relacionamento.
Acreditam que não conseguem funcionar sem um relacionamento íntimo.
8.    Medo do abandono.
Há constante medo de perder os conselhos o apoio e o cuidado do outro mesmo que não há risco real que isto aconteça.

Você pode ter se identificado com um ou mais desses sintomas, o que vai caracterizar é a intensidade e todo o contexto envolvido. 
Conhecendo esses critérios você consegue refletir sobre seu comportamento e se identificou com esses comportamentos é importante que procure ajuda psicológica.
 Normal se identificar ao menos com um ou dois dos comportamentos informados, procure refletir de forma realista, vale ressaltar que esse texto não substitui um diagnóstico acompanhado por um profissional.

É difícil reconhecer que é dependente de algo. Todo mundo sabe alguns lemas dos alcoólicos anônimos, um deles é que o primeiro passo é reconhecer-se como dependente alcoólico, geralmente eles entendem que uma hora pode parar, sem reconhecer-se como dependente não conseguem fazer o tratamento, o mesmo ocorre com o dependente emocional. Para conseguir livrar-se da dependência o primeiro passo é compreender-se dependente, o que não é tarefa fácil.

Qual a origem da Dependência Emocional?


Pode ter muitas origens, depende de cada pessoa, segue algumas delas:
Pais super-protetores.
Muitas vezes, com a intenção de proteger os filhos os pais acabam evitando que eles aprendam a se virarem sozinhos. Adquirir maturidade e consciência de que são capazes de realizar as tarefas sozinhas. Uma vivência super -protetora cria um crença inconsciente que a pessoa não é capaz de realizar tarefas sozinhas.

Pais muito rígidos.
Quando há ênfase nos erros e não elogiados as realizações também pode criar a crença que não são capazes de realizar projetos bons, não desenvolve a autoconfiança.

Ausência de afeto na infância
Quando na infância a criança não teve uma relação afetiva satisfatória. Quando há maus tratos. Neste ocorre à busca de suprir a necessidade não obtida na infância.
Entre outras origens. Conhecer nossa história e compreender nossos sentimentos nos ajuda a entender nosso comportamento. 

Conheça-se!



OBS.: Todo o conteúdo desta e de outras publicações deste site tem função informativa e não terapêutica.

Joyce Cristina de Souza Leite
Psicóloga Clínica. Especialista em Psicoterapia Breve Operacionalizada.
CRP 06/113205

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